As coisas são caras ou somos nós que ganhamos pouco?


Desde que eu era apenas um garoto em meus primeiros empregos eu já ouvia a frase:
“As coisas não são caras, você é que ganha pouco!”

Também ouvia desde os tempos de minha avó que a gente vivia em tempos de carestia e que o país precisava era de uma revolução. Olha só, descobrindo em minhas memórias um quê de socialismo em minha avó. Isso em tempos de início da ditadura de Garrastazu Médici. Alguém se lembra destes tempos?

Pois bem, o fato é que não há um período
em que as pessoas não reclamem dos preços altos ou que ganham pouco. Interessante é que pessoas de todos os níveis salariais ou de renda reclamam que ganham pouco.

É fato que compramos muito pouco com o valor da moeda. Deveríamos obter mais com menor quantidade de moeda. Já postei neste blog algumas das razões por que não se consegue obter mais com menor quantidade de moeda.

As pessoas e mesmo o comércio parecem sempre estar atrás daquilo de que deseja e nunca em paralelo ou à frente. Parece nunca alcançar o que deseja. Sempre é preciso mais financiamentos, mais crédito.

No conceito econômico, palavras como investimentos para crescer justifica este postura. Mesmo em finanças pessoais justifica. Mas no quesito pessoal parece ser algo inatingível. Nunca há saciedade. Não se sabe ou não se descobre quanto e quanto afinal é o suficiente para satisfação. É um buraco sem fim que nunca se enche.

Outro ponto desta questão é que uma pessoa que “ganha muito” quando vai ao supermercado, quando passa no caixa com suas compras, os produtos que comprou não abaixa o preço só por que ganha muito . Da mesma forma uma pessoa que “ganha pouco”, não vai pagar mais caro pelos mesmos produtos.

Assim, um catador que vai à feira comprar tomates vai a R$4,96/quilo vai pagar o mesmo que um milionário pagaria se fosse comprar na mesma feira e no mesmo dia e momento.
Portanto ganhar muito ou pouco não altera os preços e nem altera o valor da moeda. Não aumenta o poder de comprar por real.

A diferença é que pode comprar maior quantidade de cada produto dentro do limite da renda máxima que se ganha mensalmente ou por vez, respeitando-se outras prioridades. 
(O problema é que nem todos as têm).

Bem, se se ganha pouco, então quanto é o muito? Tem um teto? Qual seria o mínimo?
Existe relação entre quantidade suficiente que se pode obter e o momento de vida em que se vive?

Quanto é o suficiente para você hoje, para seu sustento, com os preços atuais?
Saberia quantificar isso ou prefere pensar que se tivesse um milhão tudo se resolveria?
Quanto é para você “ganhar mais” hoje?

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