Ora, sacolas!


Sacolas O Gato Hobby
Na postagem Eco-Palhaços, abordei a questão da hipocrisia da lei por conta de apenas os supermercados não distribuírem sacolas ao consumidor e impondo que comprem “eco-sacolas” ou então “que levem na mão suas compras”.

Ora, há muita infra-estrutura e organização para ser feita no sistema de produção e consumo antes de se criar uma lei que possa ser eficaz para o meio ambiente e que o consumidor seja também respeitado.

O que não podemos admitir como consumidores é
que nos botem goela abaixo, pagar por “eco-sacolas” todas as vezes que vamos ao mercado.

Outro ponto da postagem anterior é que os demais estabelecimentos comerciais não foram obrigados a esta mesma lei.

Os comentários e toda a controvérsia contra o retorno das sacolas não são bem fundamentados por que tais comentários não são dirigidos aos todos os outros estabelecimentos que não pararam de ceder sacolas aos clientes.

Desde a feira livre, às lojas de R$ 1,99, ao pasteleiro, à quitanda, ao sacolão, às lojas de calçados e roupas e mesmo os pequenos mercados de bairro continuaram a ceder sacolas plásticas.

E mesmo quem criticou a volta das sacolas nos mercados, certamente saiu com compras em sacolas plásticas em outros estabelecimentos. Sem contar que em festinhas e churrascos, raramente (ou nunca) se usa copos e pratinhos que não sejam de plásticos descartáveis.
Ou se cria uma postura coletiva para o assunto ou de nada vai adiantar posições pró ou contra.

Temos também o problema do acondicionamento do lixo. Como você acondiciona o lixo de sua casa? Se não usa sacolas plásticas como é mais comum, certamente usa aqueles sacos pretos, feito de que mesmo?

Como era acondicionado o lixo antes de inventarem os sacos pretos plásticos? Você que é apenas contra as sacolas, que solução você dá para acondicionar seu lixo? Posição contra ou a favor é sempre mais fácil do que vir com soluções.

Eu não tenho uma solução para apresentar aqui sobre a questão do acondicionamento do lixo, mas a solução para acondicionar compras é mais simples do que se imagina.

Basta que se produzam sacos e sacolas de papelão resistente que esteja em conformidade com as propostas ambientais e também com o respeito ao consumidor.

No caso dos supermercados, por sua própria iniciativa, que concedam aos seus clientes tais sacolas ou sacos de papel, tal como era feito antes, com os custos embutidos em suas mercadorias. O mesmo deve ser aplicado a todos os demais estabelecimentos comerciais.

No caso das sacolas biodegradáveis, há muito mais a ser feito, como usinas de compostagens e toda infra-estrutura necessária para que se eliminem de vez os plásticos poluentes.

Ah, e nem falamos das garrafas pets. Apesar do avanço da reciclagem com tais garrafas, ainda há muito que avançar nisso.

O melhor seria mesmo parar de fabricar pets.
Mas aí é um tema para muito debate, como a tal logística reversa, lucros, hábitos de consumo e até mesmo o consumo saudável.
Como podem perceber, é fácil ter uma postura contra as sacolas, (por que isso e mais aquilo e blá, blá, blá!), mas quem se habilita a parar de beber refrigerante de dois litros para ajudar a não agredir o meio ambiente? Quanto mais se consome, mais é produzido não é?

Isto parece até aquela postura de se jogar lixo na rua para garantir trabalho para o gari, mas morrer para garantir emprego para o coveiro ninguém quer, não é?

Então o que vai ser?

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