Kondar
Quando eu entrei na adolescência
eu só tinha um par de tênis tipo conga ou kichute. Não tinha um sapato social.
Um pouco mais tarte,
quando comecei a trabalhar, eu só tinha um par de sapatos e um tênis bem
barato.
Usá-los em tempos de
chuva era um fardo. Tinha que dar um jeito de secá-los para ficar pronto para uso,
no dia seguinte, que invariavelmente chovia.
Então, meu sonho de
consumo era ter pelo menos dois pares de sapatos sociais e pelo menos dois
tênis: um para passeio e outro para jogos e aventuras por aí, tipo acampar e
subir montanhas, ou seja, para ralar mesmo.
Naquela época eu tinha
apenas uma calça jeans e duas calças passeio e apenas uma social. Também em dia
de chuva era um estrago.
Dá para perceber o
quanto eu detestava dias chuvosos para ir ao trabalho e em seguida para a
escola. E esses dias chuvosos invariavelmente era dias com chuva e muito vento,
ou seja, o guarda-chuva só protegia mesmo era o peito e a cabeça.
Enfim, o tempo passou e
hoje, eu continuo com apenas dois pares de sapatos sociais, dois pares de
sapatos tipo mocassim, uma sandália, alguns pares de chinelos tipo havaianas e
apenas um tênis. O guarda roupa aumentou um pouco mais. E os dias chuvosos?
As chuvas que enfrento
agora não me aborrecem! Não por que atualmente a chuva molhe menos (rsrsrs),
mas por que minha rotina mudou e não preciso mais necessariamente sair quando
está chovendo a cântaros. E, dependendo da situação, nem preciso sair de casa.
Rotina diferente apenas.
Recentemente li uma
matéria sobre MarieKondo. Ela é considerada a guru mundial da organização doméstica e seu nome
tornou-se sinônimo de arrumação e criado o verbo “Kondar”.
Uma detalhe que me
chama a atenção é ela ensinar o desapego das coisas que não se usa mais ou, nas
palavras dela, "nós devemos manter ao nosso lado apenas os objetos que nos dão
alegria”.
Em minhas visitas como
consultor, percebo que, quase todas as pessoas endividadas, tem suas coisas
pessoais e suas casas em “perfeita desordem”.
Isso vai desde objetos espalhados,
mal guardados, parte física da casa muito mal cuidado ou mesmo em deterioração,
dente outros aspectos que mostram descaso total com o que possui.
A desorganização faz
com que não se saiba o que se possui. Isso, economicamente é um desastre, por
que compra-se o que não se precisava, unicamente por que não se sabe onde a
coisa está ou estava.
Além do que, algo que, “está
guardado não sei onde”, ou “nem sabia que tinha isso” pode deteriorar por falta
de uso.
Isso sem mencionar nos acumuladores compulsivos.
Devemos exercitar os 5S
em
nossas vidas e em nossas próprias casas e Kondar nossas gavetas, armários, despensas
e garagens.
Entristece-me ao ver casas
em estado caótico. Não por que pessoas sejam pobres ou sem recursos. Uma
pequena casa de uma pessoa mais humilde em questão financeiras, pode ser tão
organizada e limpa quanto a de quem mora em mansões como muitos empregados.
Uma casa em estado
caótico, no que se diz respeito à organização doméstica e física, não estimula
progresso. O ambiente deprime e faz com que as pessoas não encontrem soluções
adequadas para resolver suas questão econômicas.
A primeira coisa que
uma pessoa pode fazer para resolver seus problemas financeiros é saber o que
tem, quanto têm, e onde estão suas coisas. Organizar a casa e arrumá-la com os
recursos disponível, renovará as força comocionais e as ideias fluíram por
estar em um ambiente limpo e agradável.
Atualmente eu conheço o
que possuo, e sei onde elas estão. Tenho o cuidado de colocar sempre no mesmo
local. Dessa maneira sempre saberei onde está, a não ser que alguém o tire do
lugar sem meu conhecimento.
Organizar e arrumar as
coisas é salutar e uma atitude inteligente ,a começar pela sua própria casa.
Comece a Kondar
suas coisas, agora!