Gatos e outros "bixos"
Atitudes Empobrecedoras.
Algumas pessoas tem atitudes e escolhas que as
impedem de progredir financeiramente e serem prósperas.
Empobrecer, nesta
postagem, refere-se às atitudes em si mesma, seja por quem tem muita ou poucas
posses, porque tais atitudes são percebidas em ambos os casos.
Algumas destas atitudes
são facilmente identificadas em várias comunidades, até mesmo por que, de fato,
não tem uma renda tão baixa quanto querem mostrar ou pensam que tem.
A influência do meio,
do coletivo, por cultura, não ajuda a desarraigar tais hábitos.
Eis alguns deles:
1 1.“Gatos”.
Ah
os famosos gatos! Energia elétrica, TV por assinatura e a água, são os mais
comuns.
Escolher
fazer “gatos”
dá uma falsa sensação de economia, porque, na realidade, a suposta economia de
dinheiro não gasto em energia e água, não se reverte em mudança de status
econômico para a família. Além do que, o dinheiro “economizado” tende a ser
alocado em coisas supérfluas e fúteis. Isto em se tratando que pessoas que
moram onda há saneamento básico e tem condições de pagar por sua água e energia
e não o fazem ou por má fé ou por que julgam que tem o direito ter esses bens
públicos grátis, à custa dos demais que pagam por eles.
Esta
“economia” traz maiores prejuízos para um bairro, onde há maior incidência
deste artifício, torando os serviços ainda mais caros e até racionamento.
Não
é raro ver ruas em determinados bairros sem iluminação e, por mais que seja
reivindicado, há demora para solucionar.
Em
tempos de racionamento de água, será o bairro ou comunidade que sofrerá mais,
tendo pouca pressão no reabastecimento, por pouco tempo e o um dos últimos a
chegar a água.
Soube
disso por um técnico de uma empresa da abastecimento de minha cidade ao religar
o abastecimento de uma casa vizinha, onde se descobriu ligação clandestina.
Soube
que, certos bairros recebem menos pressão de abastecimento do que outros, em
função do pagamento regular e de incidência de ligações clandestinas.
Geralmente isto acontece em bairros onde há moradores de baixa renda.
A
ligação clandestina, pensam, justificam sua condição, mas o fazem permanecer
nela, ou seja, os empobrece mais, travando a prosperidade pessoal e
comunitária.
A
justificativa para estas atitudes não procedem, porque o governo criou tarifa
social de energia e de água
para pessoas de baixa renda.
Casas
com ligações clandestinas (gatos) não se beneficiam deste benefício.
2.Impostos
Sabemos
que Brasil é o país com maior número de tributos e que o retorno não é
proporcional ao que se paga.
O
momento político econômico que vivemos no Brasil e a corrupção tanto aqui como
em alguns países pelo mundo afora é tão alta que é desalentador e estimula a
sonegação.
No
entanto, são os impostos que proporcionam a estrutura social, de um país.
Quando uma grande parcela da sociedade não paga impostos, sobrecarrega a que
paga. Isso cria mais desigualdade, por que o que são sobrecarregados, não
poderão pagar além do seu limite de produtividade. Além do que, cria injustiça
social. Os que não pagam se beneficiam dos bens comuns, e o usufruem. Quando há
usufruto, há despesas, como por exemplo, a compra de uma nova lâmpada de um
poste de iluminação viária de sua rua. Se os que pagam já não podem dar mais
além de sua cota, o governo fica sem recursos para manter os bens públicos.
Outro ponto é que, aumentar a carga tributária de quem paga, para bancar os que
sonegam, torna a comunidade mais pobre. Isto por que a carga tributária reduz
os lucros de quem produz. Se há diminuição de lucros, afeta a produção.
Afetando a produção, tende a ter menos emprego. Menos emprego, gera menos
renda.
A
“economia” gerada pela sonegação, a médio e longo prazo, afeta diretamente o
sonegador.
Sonegar
é tão grave economicamente e gerador de pobreza quanto roubar bens públicos ou
malversação de dinheiro público.
A
justificativa de que, “se o governo nos rouba” eu roubo o governo também, é
tola, por que com o dinheiro que “economizou”, certamente quem sonega não vai
comprar uma nova lâmpada do poste de luz da sua rua. Sozinho, pelo menos não.
Se bem que, quem sonega por má fé, não tem noção de coletividade e nem espírito
comunitário.
3. Escolher produtos inferiores.
A
desculpa para não escolher coisas com qualidade é sempre a mesma: “sou pobre e
não tenho dinheiro para essas coisas”. “Isto é frescura!”
Vale
lembrar que a qualidade das coisas não está relacionada diretamente com seu
preço. Há coisas caras que são horríveis e de péssima qualidade e vice-versa.
Darei
um exemplo prático desse tópico:
Em
construção, uma pessoa com atitude pobre usará materiais que acham que é
barato, por que sente-se pobre. Então comprará blocos cujo valor é o mais baixo
possível, sem verificar se o produto tem alguma qualidade.
Ao
usá-lo, percebe-se que tal bloco quebra na mão, com o próprio peso. De cada
100, pelo menos uns 20 viram entulho. Para concluir uma parede precisará
comprar mais blocos, dos mais barato por que “sou pobre e não tenho dinheiro
para comprar blocos de pessoa rica”.
Percebem
o que estou dizendo?
Agora
extrapolem isso para outras atividades de consumo cotidianas.
Há
alternativas para construção sustentável e econômica; na alimentação saudável
com produtos que não são caros. Basta pesquisar e orientar aqueles com
dificuldade de acesso a estas informações.
Mas
a máxima de que, “essas coisas são caras e são frescuras de gente pobre metida
a rica”, não traz economia alguma.
Nem
vou comentar aqui sobre os famosos produtos piratas tão comum em nossas
comunidades.
4.Viver de aparência
Seja
quem tem muito dinheiro ou pouco, esta atitude não só empobrece em termos
materiais como empobrece a alma. A pessoa passa a se tornar uma pobre alma e
não uma alma pobre.
Uma
pessoa que deseja obter um produto, (principalmente os eletrônicos) cujo valor
é o dobro ou o triplo de seu salário - só por que todo mundo têm ou apenas para
causar inveja -vive num vazio constante.
A
“facilidade” de se pagar em até 24 vezes, dá a falsa impressão para si mesmo
que a pessoa é “rica” igual aos demais com que quer parecer ou conviver.
Muitos
membros entram no dilema entre pagar o dízimo ou as prestações e a fatura do
cartão de crédito. Viver de aparências mina a fé e consequentemente trava as
bênçãos e a prosperidade.
5.Desdenhar a excelência
Uma
casa feita de bambus, ou de folhas de compensado, pode ser uma casa excelente.
Sim, uma bela casa, bem arrumada, organizada e limpa. O bom gosto não está em
objetos ou produtos caros.
Já
visitei casas de chão batido, onde há ordem, limpeza e beleza e bom gosto,
tanto ao redor da casa, quanto internamente.
Algumas
pessoas desenvolvem preconceitos contra coisas de boa aparência, de boa
qualidade. Acham-se aquém, ou sentem-se inferiores para o usufruto de boas
coisas.
Pode-se
obter boas coisas em peças de vestuário em brechós, em produtos de decoração de
casa em depósito de materiais usados e tantas outras coisas.
O
desdém pela excelência pode deixar passar oportunidades de progresso, pois, de
modo geral, as pessoas buscam estar perto do que é belo, limpo e organizado.
Rejeita-se
o contrário disso.
Cada
pessoa, não importando seus recursos, pode e deve buscar as coisas excelentes e
de boa fama, dentro dos recursos disponíveis ao seu redor.
Até
mesmo um catador de papelão poderia fazer suas coletas, melhor arrumado do que
normalmente vemos.
Higiene
e limpeza não é algo exclusivo de quem tem muito dinheiro ou diplomas. Organize,
limpe, conserte decore, vista-se de forma melhor.
6. Falta de refinamento.
Não
me refiro às regras de etiqueta para se portar num banquete da Rainha da
Inglaterra. Refiro-me a busca por aprimorar a educação e cultura.
Se
bem que as regras de etiquetas
básicas são muito apropriadas para qualquer pessoa.
Outro
ponto é não se inteirar ou entender os fatos importantes que influenciam a vida
da comunidade ou nação. A falta de interesse, ou mesmo de leitura e interpretação,
faz com se tenha atitudes e decisões equivocadas que trarão mais prejuízos
pessoais e familiares.
Se
o foco na TV são apenas novelas, futebol e noticiários sensacionalistas, que
juízo de valor a pessoa terá para tomar decisões corretas por conta da
influência de constantes notícias ruins? A tendência é tomar decisões por medo.
Há
uma diversidade de boas coisas para se ver, ouvir e fazer. Ficar no mundinho
das novelas e futebol atrofia a mente.
A
falta de refinamento também prejudica a inserção e a diversificação social. Se
os assuntos são sempre os mesmos e genéricos, ficar mudo será a melhor opção em
um grupo onde a conversa vai além do futebol e coisas da TV.
7. Desdém pelo ensino e o aprendizado
Basta
navegar pelas redes sociais e ver o quanto falta as pessoas, de qualquer idade,
tem dificuldade com o idioma nativo. Dá até arrepios.
Há
pessoas que param no tempo.
Se
têm dificuldades com leitura, não leem.
Se
têm dificuldade com escrita, não escrevem.
Se
têm apenas a educação básica, não avançam para o ensino médio.
Cada
um deve conhecer seus limites e buscar ultrapassá-lo em seu próprio tempo e
ritmo.
As
pessoas que desprezam ensino e aprendizado tende a ocupar os empregos de
salários mais baixos. A fila para emprego de ajudante geral e limpeza sempre
são enormes. E nem sempre a empresa consegue fechar as vagas por que nem todos
na fila se qualificam. Não por que não saibam limpar ou fazer serviços gerais,
mas porque não sabem se expressar ou fazer contas das operações básicas.
Isso
sem falar dos alunos do ensino médio e de faculdades que também não ficam de
fora.
Há
pessoas com idade produtiva, que estão bem empregadas, que param no tempo em
relação ao aprimoramento educacional e profissional, tendem a permanecer com a
mesma renda, o que é fator limitante para a prosperidade.
Conhecimento,
educação é coisa para toda a vida.
Conhecimento
atrai conhecimento. E conhecimento abra portas para a prosperidade.
Não se limite por conta dos malfeitos
do governo e nem por conta do lugar e condições onde mora. Nem pela renda que
ganha ou consegue dia a dia.
Busque o melhor e torne melhor sua aparência,
o lugar onde mora, as coisas que possui.
O que é belo e limpo atrai sempre o que
é belo.
O que é belo e limpo atrai
prosperidade.
Seja próspero!
Comentários