A Cigarra e a Formiga


No Globo Repórter dessa sexta-feira, 02 de setembro, o tema foi sobre endividados no Brasil, que são cada vez maiores e atingindo todas as classes e idosos. Mais uma vez, o programa aborda este tema.

O melhor da matéria foram as soluções em negociações por intermédio da defensoria pública e o Grupo dos Endividados Anônimos, para aqueles que têm compulsão para compras.
O que todos os entrevistados tinham em comum era a falta de previdência, ou seja, o brasileiro não tem o hábito de poupar.

Outro aspecto, no caso daquele
casal com vários cartões de crédito, os gastos continuaram no mesmo ritmo, mesmo que a dívida era estratosférica. O importante para eles era manter o padrão.
Ora, o programa mostrou dois caminhos válidos e bons para eliminar a dívida.
Contudo, essa é só uma parte da resolução do problema. Como tenho  falado, tem remédios para os sintomas e o remédio que ataca a doença.

O que a maioria não compreende (como o casal dos cartões)  é que é necessário fazer adaptações e mudanças, às vezes radicais, para a recuperação financeira. Obter o equilíbrio e crescimento.
Quando foi mostrado aquele senhor que em sua juventude ganhava muito, era boa pinta e gastava tudo em prazeres, lembrei da fábula  “A Cigarra e a Formiga”.

Uma vez, quando fazia consultoria com uma família, a mãe desta família dava péssimo exemplo, com a seguinte máxima: “ Eu vivo o hoje, gasto tudo hoje, por que tenho que aproveitar a vida, por que não sei se vou estar viva amanhã; o que vier depois é lucro!”

Como aconteceu com o senhor da reportagem, as pessoas que pensam assim, não percebem que os dias, semanas e anos passaram e ainda estão vivos. E não podem viver os prazeres do hoje, justamente por que não tem mais como prover o suficiente para ter estes prazeres, dos quais já não tem nem mais forças para desfrutá-los.  Esse é o maior risco que correm. Não o de morrer no dia seguinte.

Outro ponto foi a daquela mulher que ganhava muito quando trabalhava, tinha um salário alto e ao se aposentar, recebia aproximadamente um quarto do que recebia originalmente.
Dois equívocos aqui: não foi previdente para poupar e quis manter o mesmo padrão de consumo.
Na fábula da Cigarra e a Formiga, quando chega o inverno, a cigarra obtém abrigo alimento na casa da formiga. O erro maior das pessoas citadas -que representam a maioria dos endividados- é que essas cigarras atuais buscam “abrigo” e socorro em empréstimos. Isso só piora tudo. Ficam mais perdidas ainda e não enxergam qualquer outra solução além de refinanciar dívidas.

Na postagem deste blog sobre dívidas, aponto algumas causas  de suas origens.Sem entrar no mérito da questão neste momento, uma vez identificada suas origens, renegociado e parcelado, o próximo passo é saber qual a formiga certa para se obter abrigo. E aprender com ela como produzir o suficiente para ter excedentes para o inverno da vida, ou nos tempos de tempestades pelo caminho.

Conversaremos sobre isso nas próximas postagens, relacionando com aqueles copos de água, lembram?

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