Não sou Socialista

Email enviado ao meu professor de Sociologia sobre tema abordado em aula.
Esclarecendo posicionamento.

São Vicente, 09 de agosto de 2011.

Socialismo
Olá Professor Marcelo,

Não sou socialista
O grande equívoco do socialismo  é querer igualar os desiguais. Por isso só conseguem “igualar” pelo mínimo, pela escassez. Todos têm as mesmas coisas, mas em quantidade mínima, por que não se pode atender a todos com as mesmas coisas e nas mesmas quantidades.

Refiro-me ao colapso do capitalismo por que, apesar de
ser até este momento histórico o modelo que trouxe avanços em tecnologia e desenvolvimento; é excludente e tem por característica a exaustão dos recursos e concentração de excedentes por minorias. Além do que fomenta o hedonismo em todas as classes. Mas antes que venha o colapso, as nações sob regime ditatoriais de esquerda ou de direita tendem a abertura à democracia e conseqüentemente aos bens de consumo globalizados.

O capitalismo precisa destes novos mercados. Então, usando o mesmo modelo de consumo vigente, os efeitos colaterais do capitalismo serão sentidos também nestas nações.
Ainda que haja o discurso da sustentabilidade, a necessidade de produção para atender as novas demandas mundiais acelerará a exaustão dos recursos naturais por conta de busca de mais matérias primas.

Por esses fatores e outros já vigentes no capitalismo, o mundo perceberá que estão correndo para atender necessidades cada vez maiores do que podem produzir, por que todos desejarão ter o máximo do máximo, criando assim uma cadeia de inveja pela riqueza de seu vizinho.

Ora, como o socialismo já mostrou sua ineficácia, discursos afins não mais convencerão as massas. Será um momento de repensar os modelos econômicos. Economia mista como vigente na China também não servirá.

Portanto, somente o colapso do capitalismo (da forma como vemos hoje) fará com que seja repensado em um novo modelo.Isso me lembra o filme com o  Keanu Reaves, “O dia em que a Terra parou”. Esse filme é emblemático.

Há um modo de atender as demandas das pessoas. E esse modo está relacionado com o conceito do “suficiente para nossas necessidades”. Quando o mundo tiver que se reconstruir após mais uma grande guerra, terá que forçosamente pensar desta maneira.

Mas há ainda outros fatores para serem repensados. O do conceito da pobreza e a riqueza. O do trabalho e a ociosidade. O da dependência ao assistencialismo e o da ganância. Sem que sejam trabalhados, não haverá como iniciar um modelo baseado nessa premissa.

Como se vê, o comportamento das pessoas frente às riquezas também é crucial para o sucesso de um modelo econômico. Mais uma vez, é por isso que o capitalismo como está, tende ao colapso.

Vamos continuar observando os acontecimentos.

Antonio Neto

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