O que é “O suficiente para nossas necessidades”

Remontando a história econômica moderna, desde Adam Smith, passando por Marx, Malthus, Keynes e outros, a palavra suficiente soa como que pertencendo à outra esfera que não o nosso planeta e modo de vida.

Razão por que este conceito é difícil de ser compreendido e internalizado.

Desde 2002 quando de fato comecei a trabalhar  diretamente com programa de bem-estar na igreja da qual sou membro, mesmo entre nós, é pouco compreendido em toda sua dimensão.

De lá pra cá, a economia mundial caminha no fio da navalha das crises.No entanto, o fomento ao consumo não diminuiu e o pensamento
ocidental capitalista ainda é esse: “Quero sempre mais do que tenho! Quero ter o mesmo e na mesma quantidade do meu vizinho! Quero ser como ele!

Países emergentes querem o mesmo status do que já o são. O que já são, querem manter seu poderio, seu padrão de consumo e produção, para se manter sempre em primeiro lugar. Manter-se no comando mundial das decisões globais.*

E mesmo com a consciência ambiental, com o discurso da sustentabilidade, pouca coisa muda ou se faz na mesma escala da degradação.

Na verdade, o que se tem feito, e de modo tardio, é como se colocassem um band-aid numa ferida que necessita de sutura. O Protocolo de Kyoto ainda não é aceito pelos principais poluidores. E o mundo ainda produz e consume o que de fato não necessita.

As pessoas continuam suas vidas, obtendo cada uma, dois a três celulares, dois ou três carros para si mesmo, cinqüenta pares de sapatos só para a temporada de verão (para a estação atual) e outros hábitos que dificilmente vão mudar, até que os recursos se esgotem.

Uma década aproximadamente se foi desde meu início nesta atividade.

Quando comecei, demorei a perceber que o que faço não afetará esta geração. Creio que se passarão mais uma ou duas décadas até que este conceito se faça compreendido.

Enquanto isso; vamos lançando a semente, por que  lá na frente precisaremos de especialistas nesta área para arrumar as coisas.

*Ver artigos:( Acessados em 27/08/11)

“A desigualdade global”  

“Keynes no mesmo caminho de Marx”

“Não há muito a ser feito”