Os Bem Aventurados!
Ouvir assalariados só revela que o tempo passa e as coisas seguem a Primeira Lei de Newton ,quando se trata de dinheiro.
Quando eu era jovem, eu gostaria de ter acesso as informações e conhecimentos sobre finanças, tão abundantes atualmente,ou pelo menos um mentor que pudesse me orientar.
Não obstante esta abundância, as pessoas parecem
estar num estado letárgico e não se dão conta disso.
O que apenas veem é um emprego chato, que paga mal e contas a pagar. E a única solução que veem para o problema é apenas reclamar ou tentar obter outro emprego, o qual também será chato, pagará mal e as contas ainda não estarão pagas.
Um assalariado necessariamente tem que saber que o que receberá na data estipulada do pagamento não será mais do que o valor acertado previamente na contratação, com os devidos acréscimos de dissídios salariais anuais. O mesmo em relação ao valor dos benefícios, como vale refeição.
Um assalariado está preso ao seu salário. Isto é seu limite financeiro, com o qual deve ajustar suas necessidades e desejos, a cada trinta dias. Isso não mudou por enquanto.
Daí, quando um assalariado encontra outro, que ganha o mesmo valor, na mesma função e na mesma empresa, em uma situação melhor e favorável, (como estar sem dívidas, com saldo positivo no cartão e sem se preocupar se a empresa vai atrasar dois dias o adiantamento salarial) é motivo de espanto.
Daí quando se ouve um e outro, descobre-se as causas:
1.Enquanto um estoura o limite do cartão, o outro respeita seu limite de crédito;
2. Enquanto um troca de móveis, objetos e outras coisas anualmente, o outro só troca quando estraga, não tem conserto e preserva ao máximo seus objetos e materiais;
3. Enquanto um come em no "Kilo" mais caro por que é chic, o outro come em lugares cujo preço é razoável, porém com qualidade;
4. Enquanto um reclama do emprego o tempo inteiro, o outro apenas faz seu trabalho e procura ficar em paz consigo mesmo;
5. Enquanto um reclama do emprego, mas não se aprimora o outro procura aprimorar-se constantemente por meio de estudos;
6- Enquanto um só depende do salário, o outro faz empreendimentos paralelos;
7. Enquanto um gasta tudo, por que tem muitas contas a pagar, o outro economiza , poupa e e tem um orçamento familiar ou pessoal.
Nestes casos, o "outro" é visto como um chato metido a besta ou como um bem aventurado, nunca como um previdente!
Mas o "um" nunca para para perguntar para o outro: "como você consegue?", ou ainda, "como você faz?"
E a inércia segue....